10.31.2008

. chuva .

Chove lá fora , sou capaz de sentir a chuva nos meus ombros mesmo estando entre estas 4 paredes . Ouço o ressoar dos ventos e o sopro da vida . fecho os olhos , a àgua molha-me, corre pelos meus labios e pelo meu peito , arrepia-me .. paira em mim como se de um fantasma se tratasse . sinto o cheiro a inverno , às castanhas assadas que fumegam , ao frio géido que nao é capaz de gelar o meu coração . as aguas correm , pluviosidade inconstante e reconfortante ao meu ouvido , corro por entre a pequenas gotas dete liquido puro , atravesso mares e oceanos de desejos intimos e sorrisos verdadeiros. vejo vultos que nao reconheço mas que me reconfortam, sinto abraços apertados e beijos humidos separados por pingos que deixaram de ser gelidos e passaram a ferver . o frio continua no entanto , imparável , incontornavel . só quem quer é que o sente , so se fochares os olhos comigo sentes a chuva a molhar.te a face e os cabelos , a pingar sobre o nariz , uma perfeita harmonia entre o eu , a chuva e o ar . se continuar com os olhos fechados , vou continuar assim, perdida num nada que me aquece . abro os olhos , as 4 paredes continuam intactas , o som está cada vez mais distante , o cheiro dissipou-se mas a chuva , essa continua a cair .






1 comentário:

Anónimo disse...

O meu textinho preferido :D
AMO! :$
Dany