6.11.2009

midnight bottle






Uma garrafa à meia-noite e pensas que a dor desaparece, que o sofrimento se desvanece. Mas a dor, traiçoeira, permanece impune, inerte como se de intrínseca se tratasse.
Um copo a mais, um minuto a menos. E se pensasses duas vezes antes de o fazer? Mesmo quando tudo parece errado, são apenas e 23h e 59s, são somente dores de quem vive, de quem sente, de quem ama, vê, crê e é.
Ameniza-te a dor e os sentimentos que aí vão dentro se pensares no que tens e não no que te falta, no que é teu e não dos outros, nas pessoas que amas e te querem bem. Nos olhares e sorrisos que te rodeiam e que, sem dares conta, te irradiam de brilho luminoso.
Fecha os olhos, sai daí, extravia-te, desintegra-te mas sente que uma garrafa à meia-noite pode não fazer mais do que um simples abraço dos que te são queridos.
Desde o momento que acordas até ao que adormeces estará alguém ao teu lado a amparar-te, para teu bem. A alma conserva-s(t)e: muda as acções, aquece os corações. Custa menos do que parece, padece menos do que convence.
Abres os pulmões e grita, grita que não precisas daquilo, mas sim, precisas de ti, deles, daqueles e dos outros …







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